Giulia Be vem trilhando a sua ascensão no pop brasileiro, a evolução da cantora através de seus singles, apontaria que ela lançaria um EP mais leve e alegre, trazendo reflexões em suas letras. E de fato, ocorreu. Com lançamento nessa sexta-feira (15/04), o EP intitulado “Solta” é o seu primeiro compilado, contendo singles já conhecidos e músicas novas.
Sua primeira faixa, intitulada “recaída”, é uma dessas novas músicas. A letra faz jus ao título, indicando que a garota está disposta a reatar provisoriamente com seu ex namorado, para matar sua saudade. Como o próprio refrão diz: “Bem, bem, tô afim de dar. Aquela recaída, vamos se encontrar.”
A segunda faixa, “se essa vida fosse um filme”, envolve uma declaração, claramente demostrando se entregar ao amor de forma definitiva, sem pudores. Com uma batida leve e o som suave da guitarra dedilhada, uma letra que transmite calmaria, tem todas as características de uma balada.
“não era amor”, a próxima, quebra todo o conceito de reatar um amor antigo e se entregar, estabelecidos nas músicas anteriores. É uma música sobre desilusão amorosa e reflexão, onde se questiona se o relacionamento, agora fracassado, envolvia sentimentos de ambos os lados ou não. Sua melodia tem características de um pop mais leve, ainda assim contendo a identidade de Giulia.
A quarta faixa, intitulada “eu me amo mais”, transmite a mensagem de se colocar em primeiro lugar, independentemente de qualquer circunstância ou sentimento. Retrata a emancipação.
A penúltima faixa, “menina solta”, dispensa grandes apresentações, por ser o primeiro single da leva de impor seu estilo próprio e por ser a música que mais fez sucesso comercialmente desse ep, se tornando um hit. Sua letra é simples e direta, onde discute ser empoderada, desimpedida, dona de si e livre para fazer suas próprias escolhas. Uma música que transmite alegria, por seu refrão chiclete e batida animada.
Chegamos a última faixa, precisamente um interlude, intitulado “outro”, onde o som de Ukelele acompanha uma composição linda e reflexiva sobre recomeços.
O interessante é que observar o resultado das criações narrativas da compositora, como uma reflexão de seu próprio espírito criativo e conceitual. A evolução musical da cantora foi tão bem encaminhada que agora ela retorna independente e poderosa, criando atmosferas que compõe a sua própria identidade dentro do EP.
Giulia Be segue como um daqueles nomes que empolgam e instigam a curiosidade pelos seus próximos passos.
Por: Enola Fernandes, Elizandra Sanches, GBEBR